Assim como no período de transição para o Plano Real, a incerteza é um dos grandes desafios enfrentados durante a discussão da reforma tributária. Com a proposta de mudança na carga tributária dos bens e serviços, cada setor busca defender seus interesses e evitar prejuízos, resultando em um cenário de incertezas e remanejamento de preços.
Outra questão que se assemelha ao período do Plano Real é a sobrevivência das empresas em meio às mudanças. Assim como na transição para o real, nem todas as empresas conseguirão se adaptar às novas regras tributárias, ficando sujeitas a ineficiências e distorções econômicas. A busca por incentivos fiscais e judicialização reflete a necessidade de algumas empresas de se manterem competitivas no novo cenário.
A série Plano Real, 30, da Folha, tem destacado a importância de reformas estruturais para a estabilização e crescimento da economia. Da mesma forma, a reforma tributária atual propõe mudanças ambiciosas que visam a um sistema mais eficiente e justo, sem as distorções e problemas do atual modelo.
O desafio é garantir que, daqui a 30 anos, tenhamos um sistema tributário que promova o crescimento econômico, sem cumulatividade, judicialização excessiva e carga tributária desproporcional. Assim como no período do Plano Real, a sociedade e o Congresso terão papel fundamental na aprovação e implementação dessas mudanças, que buscam tornar o sistema tributário brasileiro mais justo e eficiente.
