Um dos marcos desse trabalho foi a publicação da pesquisa “Eficiência Energética nas Favelas” em 2023, que trouxe à tona a realidade da injustiça energética nessas comunidades. O relatório foi resultado de um estudo realizado em quase 1200 residências em 15 favelas da região metropolitana do Rio, representando mais de 1,2 milhão de habitantes.
Agora, a comitiva da Rede Favela Sustentável está focada em três pautas importantes durante a Semana Mundial da Energia em Brasília. A renovação das concessões de energia elétrica, a questão da tarifa social e o acesso à energia solar são os temas centrais que serão abordados e discutidos durante o evento.
Além de apresentar dados e depoimentos sobre os desafios enfrentados no acesso e na qualidade da energia elétrica nas favelas, a delegação conta com quatro lideranças que estão desenvolvendo soluções inovadoras. Desde experiências com teto verde e tratamento de esgoto até a geração de renda e independência com energia solar, esses líderes comunitários estão mostrando que é possível transformar a realidade das favelas por meio de iniciativas sustentáveis.
A agenda da comitiva inclui uma reunião pública na Câmara dos Deputados para apresentar os dados da pesquisa e compartilhar as histórias dos moradores impactados. Além disso, a delegação também participará de uma audiência pública sobre a transição energética e realizará reuniões com autoridades governamentais para discutir propostas e soluções para os problemas energéticos enfrentados pelas favelas.
O trabalho da Rede Favela Sustentável é um exemplo de como a mobilização comunitária e a busca por soluções inovadoras podem promover mudanças significativas em áreas que historicamente foram negligenciadas. A iniciativa desses moradores das favelas do Rio de Janeiro mostra que é possível construir um futuro mais sustentável e justo para todos.
A jornalista Aline Araujo, integrante da Comunidades Catalisadoras e da Rede Favela Sustentável, tem desempenhado um papel fundamental nesse processo, trazendo visibilidade e apoio para as demandas e necessidades das comunidades periféricas.
