Repórter São Paulo – SP – Brasil

Recuperação econômica da Venezuela em 2023 enfrenta incertezas devido às eleições e projeções de estagnação de empresas privadas.

Segundo fontes da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a Venezuela está em vias de uma “recuperação econômica” com um possível crescimento de 4,5% em 2023. Essa perspectiva animadora, no entanto, é contestada por empresas privadas que revisaram suas projeções e agora falam em estagnação.

Após oito anos de recessão, o PIB do país despencou em 80% devido ao colapso de sua indústria petrolífera. Porém, em 2022, a Venezuela conseguiu se recuperar após o levantamento dos controles econômicos rigorosos, o que levou à dolarização informal e à redução da inflação, embora continue sendo uma das mais altas do mundo.

A expectativa de um futuro promissor também é compartilhada por Asdrúbal Oliveros, diretor da empresa financeira Ecoanalítico, que prevê uma expansão da economia de 9,7% em 2024. Segundo Oliveros, esse crescimento será sentido no setor petrolífero, mas também na atividade comercial do país.

No entanto, é importante ressaltar que o cenário político ainda apresenta uma grande incerteza, especialmente devido às eleições que se aproximam, alertou o diretor da Ecoanalítico. A flexibilização das sanções e o retorno das grandes empresas petrolíferas podem ter um impacto positivo na economia venezuelana, porém, a instabilidade política pode ser um obstáculo nesse processo.

O presidente Nicolás Maduro costuma se vangloriar dos avanços econômicos da Venezuela, mas as opiniões sobre o cenário futuro do país continuam divididas. Enquanto a Cepal enxerga um futuro de crescimento, empresas privadas indicam uma estagnação. A dolarização informal e a redução da inflação são sinais positivos, mas a incerteza política e as eleições iminentes lançam sombra sobre o otimismo econômico.

Em resumo, o futuro da economia venezuelana é incerto, com previsões contrastantes entre as fontes oficiais e as empresas privadas. O retorno das grandes empresas petrolíferas e a flexibilização das sanções podem representar uma guinada positiva, mas as eleições e a instabilidade política se configuram como desafios a serem superados para que a Venezuela possa, de fato, se recuperar economicamente.

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