Reconstrução e adaptação climática em Porto Alegre: detalhes do novo plano de monitoramento e mitigação de enchentes são anunciados

O escritório de reconstrução e adaptação climática de Porto Alegre revelou nesta quarta-feira (28) os detalhes do novo plano de monitoramento das condições climáticas e do protocolo de resposta e mitigação dos impactos das enchentes. As estratégias e equipamentos serão implementados nos próximos meses, visando aprimorar o sistema de prevenção de desastres hidrológicos que falhou na proteção da capital gaúcha durante a recente cheia do lago Guaíba.

De acordo com as informações divulgadas, o plano prevê a instalação de dez totens eletrônicos em diversas regiões da cidade. Esses equipamentos estarão equipados com estações meteorológicas, alto-falantes para alertas sonoros, microfones, câmeras com visão 360º e sinalizações luminosas. A instalação dos totens está prevista para ser concluída até dezembro e será responsável por medir índices de chuva, velocidade e direção do vento, umidade, qualidade do ar e radiação solar.

Os totens serão instalados em locais estratégicos como ilhas, arroios, barragens, praças e orlas, com o objetivo de garantir um amplo monitoramento das condições climáticas na região. Além disso, estão previstas a inclusão de sensores fluviométricos e réguas linimétricas com câmeras para aferir o nível de rios e arroios.

A diretora de projetos e políticas de sustentabilidade da Smamus enfatizou que a integração dos totens ao plano de contingências existente e ao futuro plano será fundamental para uma resposta eficaz em situações de emergência. O plano também engloba ações de preparação e mitigação de desastres climáticos, como a criação de rotas de fuga, protocolos de transporte e organização de abrigos.

Os contratos para a execução do projeto foram oficializados em um evento no Instituto Caldeira. A consultoria técnica do ICLEI será fundamental para a elaboração do plano, que contará com recursos do Funproamb. A empresa responsável pela execução dos planos receberá R$ 2,4 milhões para um período de um ano.

Essas medidas fazem parte de um conjunto de ações para requalificar o sistema municipal, que incluem obras nos diques danificados e nas estações de bombeamento, previstas para ter início em setembro. A reconstrução das contenções mais amplas está programada para o próximo ano após estudos geológicos.

Em maio, a cidade enfrentou graves problemas devido às enchentes, com trechos de rodovias desmoronados e acessos bloqueados. A população foi forçada a buscar rotas alternativas para se deslocar, com muitos habitantes deixando a cidade em direção ao litoral norte. A tragédia climática afetou cerca de 95% dos municípios gaúchos, ressaltando a importância dessas novas medidas de prevenção e resposta a desastres naturais em Porto Alegre.

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