Além disso, a mudança de status da Palestina para um Estado prepararia o terreno para negociações permanentes entre Israel e a Palestina, não mais como um conjunto de concessões entre o ocupante e o ocupado, mas sim entre duas entidades consideradas iguais perante a lei internacional, como ressaltou Josh Paul em um artigo no Los Angeles Times.
No entanto, há desvantagens e resistências significativas em relação ao reconhecimento do Estado Palestino. Pesquisas recentes mostram que a maioria dos israelenses não apoia essa ideia, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que vem se opondo a essa possibilidade há anos. Existe o receio de que o reconhecimento da Palestina como Estado poderia representar uma vitória para grupos que advogam pela violência, o que gera preocupações tanto em Israel quanto em seus apoiadores internacionais.
Além disso, a possível relação desse reconhecimento com ataques recentes por parte do Hamas é outra questão sensível. O conflito em Gaza iniciado pelo Hamas resultou em milhares de mortes e um ciclo contínuo de violência na região. Se o Estado Palestino for reconhecido agora, há a preocupação de que isso possa fortalecer o Hamas, que poderia assumir o crédito e interpretar o reconhecimento como uma validação da luta armada.
Portanto, a discussão sobre o reconhecimento do Estado Palestino envolve questões complexas e sensíveis, que devem ser cuidadosamente consideradas pelos países e organizações envolvidas, a fim de buscar uma solução justa e duradoura para o conflito no Oriente Médio.