A expectativa do público era evidente mesmo antes do início do show, com a arquibancada cantando uma música quase inteira e o estádio vibrando apenas com a exibição do escudo que é a logomarca do grupo nos telões. O calor de 38°C não diminuiu a animação dos fãs, que já davam uma amostra do que viria.
E a emoção tomou conta quando, vestidos com roupas nas cores da bandeira do Brasil, os integrantes cumprimentaram individualmente a plateia, expressando sua devoção pelo país e mencionando frases ditas em DVDs, que foram prontamente repetidas pelos fãs. Com a nostalgia em alta devido aos anos de isolamento impostos pela pandemia, o RBD se encaixa no grupo de produções revisitadas e se vale desse sentimento para o retorno.
O show, que celebra o passado, também mostra um RBD que se adapta aos quinze anos que se passaram. Os figurinos são menos ousados, as coreografias mais pontuais e os fãs, antes adolescentes, assistem à apresentação com copos de bebidas alcoólicas nas mãos, demonstrando uma mudança na faixa etária do público.
Além disso, a estrutura do palco é maior do que nas turnês anteriores, com um balé e cantores de apoio acompanhando o grupo. Musicalmente, o RBD também apresenta uma abordagem mais ousada, com variações nas levadas e acenos a gêneros como funk, soul e reggae, tornando as músicas menos datadas.
O retorno do RBD aos palcos é um evento que marca não apenas a celebração do passado, mas também a evolução do grupo ao longo dos anos, conquistando o público com sua nostalgia reinventada. O show no estádio do Morumbi foi uma noite para celebrar a infância e a juventude, reunindo gerações de fãs em uma atmosfera de energia inigualável.