Em um desabafo, Raygun pediu privacidade para sua família e amigos, ressaltando que o breaking não costuma ser avaliado por notas. A atleta agradeceu o apoio recebido e destacou que se esforçou muito para se preparar para as Olimpíadas, levando a competição a sério e dando o seu melhor.
Raygun, que possui formação acadêmica na área de política cultural do breaking e é professora universitária, foi classificada como a melhor dançarina de breaking na Austrália em 2020 e 2021. Apesar disso, surgiram alegações de que ela teria manipulado as seletivas para conseguir a vaga olímpica, algo que a atleta nega veementemente.
O chefe dos juízes que deram nota zero a Raygun explicou que a avaliação é realizada com base em cinco critérios de comparação entre os competidores e que, no caso da atleta australiana, seu nível não foi considerado tão alto quanto o dos demais participantes.
Em meio a toda a polêmica, Raygun decidiu permanecer na Europa por um tempo para descansar e refletir sobre seu futuro. Ela fez um apelo à imprensa para que respeite a privacidade de sua família, amigos e comunidades relacionadas ao breaking e à dança em geral.
Com raízes no hip hop, o breaking teve sua origem em Nova York na década de 1970. O formato olímpico do esporte segue padrões tradicionais, com restrições em relação a palavras de baixo calão nas músicas. Os duelos de breaking ocorrem em uma área circular, com os competidores apresentando passos de dança e movimentos acrobáticos em sincronia com a música selecionada pelos DJs.