Próximos passos na sabatina de Gonet: votação na CCJ e possibilidade de substituir Aras como PGR.

Após uma sabatina, a indicação do novo procurador-geral da República, para suceder Augusto Aras, foi votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se aprovado por maioria simples entre os 27 senadores, o nome seguirá para o plenário, sem data definida para a votação final. No entanto, a votação deve acontecer na quinta-feira (14), se a sessão na comissão se estender até a noite de quarta-feira.

Em caso de aprovação, o indicado, Gonet, estará apto a ser oficialmente nomeado ao cargo pelo presidente Lula. Ao assumir, ele substituirá Augusto Aras, ex-PGR indicado por Jair Bolsonaro, que não foi reconduzido ao cargo.

Gonet, carioca com doutorado pela UnB (Universidade de Brasília), exerce atualmente o cargo de vice-procurador-geral eleitoral. Ele é conhecido por ser católico, conservador e considerado comedido em suas posições. Ele também se manifestou a favor da condenação de Bolsonaro à inelegibilidade em casos como a reunião dos embaixadores e o Bicentenário da Independência.

Seu nome recebeu o apoio de ministros importantes, como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Vale lembrar que Lula deixou de escolher um dos nomes da lista tríplice formada pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) para o comando da PGR, uma tradição nos mandatos petistas. Essa lista foi ignorada pela primeira vez por Bolsonaro ao indicar Aras em 2019, e ele foi reconduzido em 2021.

A indicação de Gonet também levanta questionamentos sobre a posição do presidente Lula em relação à tradição e critérios para a escolha do procurador-geral. Além disso, a expectativa é de que sua nomeação impacte as investigações em andamento, visto que o procurador-geral da República desempenha um papel essencial na condução de investigações criminais.

Essa indicação e seu processo de confirmação são de grande importância para o cenário político e jurídico do país, e os próximos passos indicarão a direção que o governo de Lula tomará em relação à atuação do Ministério Público Federal. A votação na CCJ e a posterior nomeação de Gonet serão fundamentais para definir o rumo das investigações e da atuação do MPF nos próximos anos.

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