A produção do programa, em meio à repercussão do ocorrido, tentou se justificar alegando um acordo prévio com o participante, mas permitir que ele iniciasse a prova com um equipamento inadequado foi considerado abusivo e desrespeitoso.
Como pessoa com deficiência, Vinícius expressou sua irritação diante da situação, ressaltando que a TV Globo escolheu voluntariamente incluir um participante com deficiência na atração e, portanto, deveria ter observado condições mínimas de equidade antes da realização da prova.
O caso de Vinícius não é um incidente isolado, já que na edição passada do programa, Marinalva, também paratleta, foi vítima de capacitismo e preconceito por parte de outros participantes. A sugestão de um apelido discriminatório para Vinícius durante a nova edição do programa reforça a persistência do preconceito em relação às pessoas com deficiência.
A TV Globo, historicamente criticada por sua falta de representatividade e inclusão de minorias, tem enfrentado desafios para melhorar sua imagem junto a grupos marginalizados, como negros, evangélicos e pessoas com deficiência. Além disso, a emissora busca conscientização e inclusão ao abordar a temática da deficiência em suas produções, como a interpretação de personagens com deficiência por atores na mesma condição e a presença de repórteres com deficiência em programas jornalísticos.
No entanto, a participação de Vinícius como o segundo competidor com deficiência na história do Big Brother Brasil indica que a emissora ainda está em processo de aprendizado no que diz respeito à inclusão e tratamento adequado de pessoas com deficiência em ambientes fora do controle das produções televisivas convencionais.
Diante deste contexto, questões sobre a representatividade e inclusão de pessoas com deficiência no entretenimento televisivo continuam a ser debatidas e desafiadas, evidenciando a necessidade de mudança e conscientização acerca da importância da adequada representação e respeito às diferenças na mídia.