Repórter São Paulo – SP – Brasil

Protestos pós-eleições na Venezuela deixam 24 mortos e ameaça de “onda migratória” se Maduro permanecer no poder, alerta líder política.

Após a divulgação dos resultados das eleições venezuelanas realizadas em 28 de julho, uma onda de protestos tomou conta do país, resultando em pelo menos 24 mortes, de acordo com organizações de direitos humanos. A líder opositora María Corina Machado alertou as autoridades mexicanas sobre a possibilidade de uma migração em massa de venezuelanos caso Nicolás Maduro permaneça no poder.

Em contrapartida, a vice-presidente Delcy Rodríguez ironizou as críticas internacionais às eleições, questionando o alarde em torno das atas eleitorais. Durante um encontro com diplomatas em Caracas, Rodriguez chegou a sugerir que a questão das atas poderia até virar tema de uma série na Netflix, suplantando até mesmo as Olimpíadas em termos de repercussão global.

Enquanto isso, as acusações de fraude eleitoral continuam a pairar no ar, com Maduro solicitando a prisão de González Urrutia e María Corina, ambos críticos do regime vigente na Venezuela. Em resposta, os Estados Unidos, que lideram a política de sanções contra o país desde 2019, aumentaram a pressão sobre o governo, alertando que a detenção dos líderes opositores poderia resultar em uma maior mobilização da comunidade internacional, inclusive de nações que mantêm relações mais amistosas com a Venezuela.

Diante desse cenário tenso e incerto, a Venezuela se vê cada vez mais dividida e polarizada, com o futuro político do país envolto em incertezas e disputas acirradas. Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos no país sul-americano, temendo um agravamento da crise e uma deterioração ainda maior da situação política e socioeconômica da Venezuela.

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