Repórter São Paulo – SP – Brasil

Protestos em universidades americanas contra ofensiva militar israelense em Gaza levantam polêmica sobre liberdade de expressão.

No cenário acadêmico dos Estados Unidos, diversas universidades se tornaram palco de intensos protestos contra a ofensiva militar israelense em Gaza. A ação ocorreu em resposta à incursão brutal de comandos islamistas no território de Israel em 7 de outubro. O conflito despertou acalorados debates dentro das instituições de ensino, com alguns alunos e professores acusando os manifestantes de atos e discursos antissemitas.

Essas acusações geraram polêmica, com alguns negando qualquer vínculo antissemita nas manifestações e denunciando tentativas de cerceamento da liberdade de expressão. A situação se agravou com a detenção de uma centena de estudantes em universidades de Nova York, em operações policiais solicitadas pelas autoridades acadêmicas. A controvérsia chegou a tal ponto que duas presidentes de universidades renunciaram aos seus cargos meses antes, após acusações de omissão na luta contra o antissemitismo.

A guerra em Gaza teve início em 7 de outubro, quando comandos islamistas provocaram a morte de 1.170 pessoas no sul de Israel, a maioria delas civis. Em retaliação, Israel lançou uma operação militar que resultou em 34.262 mortes até o momento, a maioria delas também civis, de acordo com informações do Ministério de Saúde do território, que é governado pelo movimento islamista Hamas.

O conflito entre Israel e o Hamas gerou repercussões em todo o mundo, levando a debates políticos, sociais e acadêmicos. Nas universidades americanas, o embate entre os que defendem a liberdade de expressão e os que denunciam atos antissemitas demonstra a complexidade e a sensibilidade do tema. Enquanto o conflito armado continua em Gaza, dentro das universidades a batalha ideológica também se acirra, refletindo um cenário de tensão e confronto que ultrapassa as fronteiras físicas e geográficas.

Sair da versão mobile