O presidente Maduro, por sua vez, não poupou críticas à oposição e atribuiu a ela a responsabilidade pela violência que tomou conta das ruas. Em suas declarações, acusou os líderes opositores de terem “as mãos manchadas de sangue” e sugeriu que eles deveriam ser presos por incitar os distúrbios.
Enquanto isso, a oposição divulgou em um site o que seriam cópias de 84% das atas de votação em seu poder, alegando que esses documentos comprovam a vitória de González Urrutia. Essa versão foi corroborada pelo governo dos Estados Unidos, que afirmou possuir uma “evidência esmagadora” de que González Urrutia foi o verdadeiro vencedor das eleições.
A postura dos EUA foi seguida por alguns países da América Latina, como Argentina, Uruguai, Equador, Costa Rica, Peru e Panamá, que reconheceram a vitória da oposição. Por outro lado, Colômbia, México e Brasil, juntamente com a União Europeia, exigem transparência no processo eleitoral e na divulgação dos resultados.
Diante de um cenário de divisão e polarização política, a Venezuela vive um momento delicado em que a legitimidade do governo de Maduro é questionada e a oposição busca assegurar seus direitos democráticos. A situação coloca o país em um impasse que requer cautela e diálogo para evitar um agravamento das tensões e mais violência nas ruas.