Repórter São Paulo – SP – Brasil

Protestos em Caracas resultam em 11 mortos e mais de mil detidos após anúncio da vitória de Maduro, segundo organizações de direitos humanos.

Após o anúncio da vitória de Maduro nas eleições em Caracas, a população reagiu com uma onda de protestos que se espalhou por diversas cidades do país. Os manifestantes, insatisfeitos com o resultado do pleito, saíram às ruas para expressar sua indignação, resultando em confrontos que deixaram um saldo trágico de pelo menos 11 civis mortos, de acordo com organizações de defesa dos direitos humanos, além de mais de mil detidos.

O presidente Maduro, por sua vez, não poupou críticas à oposição e atribuiu a ela a responsabilidade pela violência que tomou conta das ruas. Em suas declarações, acusou os líderes opositores de terem “as mãos manchadas de sangue” e sugeriu que eles deveriam ser presos por incitar os distúrbios.

Enquanto isso, a oposição divulgou em um site o que seriam cópias de 84% das atas de votação em seu poder, alegando que esses documentos comprovam a vitória de González Urrutia. Essa versão foi corroborada pelo governo dos Estados Unidos, que afirmou possuir uma “evidência esmagadora” de que González Urrutia foi o verdadeiro vencedor das eleições.

A postura dos EUA foi seguida por alguns países da América Latina, como Argentina, Uruguai, Equador, Costa Rica, Peru e Panamá, que reconheceram a vitória da oposição. Por outro lado, Colômbia, México e Brasil, juntamente com a União Europeia, exigem transparência no processo eleitoral e na divulgação dos resultados.

Diante de um cenário de divisão e polarização política, a Venezuela vive um momento delicado em que a legitimidade do governo de Maduro é questionada e a oposição busca assegurar seus direitos democráticos. A situação coloca o país em um impasse que requer cautela e diálogo para evitar um agravamento das tensões e mais violência nas ruas.

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