Sob o lema “Málaga para viver, não para sobreviver”, o protesto em Málaga, cidade com 570 mil habitantes, foi organizado por cinquenta associações locais. Os manifestantes carregavam faixas com mensagens como “Proibição de habitação turística” e “Salário 1.300, aluguel 1.100, como viver?”, enquanto percorriam o centro histórico da cidade, conhecido por ser o local de nascimento de Pablo Picasso, em uma casa que hoje é uma das principais atrações turísticas.
A questão da habitação tem se tornado cada vez mais urgente em cidades turísticas como Málaga, onde os preços dos aluguéis estão subindo rapidamente, tornando difícil para os moradores locais encontrar moradias acessíveis. Muitos culpam o boom do turismo pela especulação imobiliária desenfreada e pela gentrificação das áreas urbanas.
Os manifestantes pediam medidas urgentes para proteger os direitos dos moradores locais e garantir que a cidade não se torne exclusivamente voltada para os turistas. Eles exigiam ações do governo para controlar o mercado imobiliário, limitar o número de aluguéis de curta duração e garantir que os moradores tenham prioridade na habitação.
O protesto em Málaga e Cádiz reflete a crescente preocupação em muitas cidades espanholas com os impactos negativos do turismo de massas, e a necessidade de encontrar um equilíbrio sustentável entre o setor turístico e as necessidades das comunidades locais.