Mujica criticou duramente o acordo entre Mercosul e União Europeia, afirmando que o mesmo “não vinha bem e nada virá de bem”. O ex-presidente lamentou o tempo perdido nas negociações, destacando que foram 22 anos de espera por um acordo que, na sua visão, não traz benefícios significativos para os países envolvidos.
Além disso, Mujica se posicionou contra a criação de uma moeda comum latino-americana, defendendo a ideia de que os países da região devem aprender a negociar com suas próprias moedas e não depender do dólar. Para ele, a busca por uma moeda única é uma abordagem equivocada, uma vez que é mais importante desenvolver a capacidade de comércio entre os países latino-americanos.
Por fim, o ex-presidente propôs a criação de símbolos regionais para a América Latina, questionando o uso do termo “América Latina” e defendendo a ideia de um nome próprio que represente a diversidade étnica e cultural da região. Mujica destacou a importância de ter um hino e uma bandeira que identifiquem a comunidade latino-americana, bem como a instituição de uma data comemorativa para promover a integração e o reconhecimento da diversidade na região.
Diante dessas declarações, fica evidente a visão crítica de Mujica em relação às estratégias de integração adotadas na América Latina, bem como seu compromisso com a construção de uma identidade regional que valorize a diversidade e promova a união entre os países do continente.
