Repórter São Paulo – SP – Brasil

Proposta norte-americana defendendo Israel causa controvérsia e gera debate na ONU

O governo dos Estados Unidos está empenhado em tentar “recuperar o terreno” após ter vetado a resolução do Brasil apresentada no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com fontes do Itamaraty, a posição isolada dos EUA em relação aos ataques de Israel em Gaza deixou a gestão norte-americana em uma situação desconfortável, já que a proposta brasileira contou com o consenso da maioria dos países na votação.

Para tentar “restaurar a imagem”, Washington formulou um novo texto para o Conselho. No entanto, essa proposta tem gerado discussões diplomáticas, uma vez que é considerada desequilibrada por condenar fortemente o Hamas enquanto defende a “resposta” dos israelenses. Diante disso, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Dennis Francis, anunciou que a organização se reunirá na próxima quinta-feira para debater o conflito e a proposta norte-americana.

Além da proposta brasileira, a russa também foi vetada até o momento. Cinco países votaram a favor do documento, enquanto os EUA, Reino Unido, França e Japão votaram contra. Outros seis países se abstiveram de votar, incluindo o Brasil. O texto russo apelava a um cessar-fogo imediato, à libertação de todos os prisioneiros e condenava a violência e as hostilidades contra civis.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediram um “rápido cessar-fogo” em Gaza durante uma conversa telefônica nesta segunda-feira. Ambos os líderes expressaram séria preocupação com o aumento do número de vítimas civis. A conversa foi iniciativa de Lula, que também destacou a situação dos cidadãos brasileiros em Gaza e a necessidade de criar um corredor humanitário para permitir a saída de estrangeiros e a entrada de ajuda humanitária, como remédios, água e alimentos.

O governo brasileiro continua acompanhando de perto a situação em Gaza e mantém uma postura diplomática ativa, buscando medidas que possam contribuir para a paz e o fim das hostilidades na região. Enquanto isso, o conflito entre Israel e Palestina continua a gerar preocupações e mobilizações em todo o mundo, com líderes e organizações internacionais buscando soluções para a crise humanitária e política que assola a região.

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