Segundo informações de uma fonte da equipe de negociação de Israel, que preferiu não se identificar, há uma chance real de chegarem a um acordo. Isso contrasta com a postura anterior de rejeição das condições impostas pelo Hamas, consideradas inaceitáveis por Israel. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas destacou que as negociações continuarão na próxima semana, ressaltando que ainda existem diferenças significativas entre os lados.
O conflito já causou a morte de mais de 38.000 palestinos, de acordo com autoridades de saúde de Gaza, desde que o Hamas iniciou os ataques a cidades do sul de Israel em outubro do ano passado. Israel relatou a morte de 1.200 pessoas e cerca de 250 reféns. A nova proposta em discussão inclui um cessar-fogo temporário garantido pelos mediadores, a entrega de ajuda humanitária e a retirada das tropas israelenses, enquanto as negociações indiretas continuam para a implementação da segunda fase do acordo, conforme informou uma fonte do Hamas.
Os esforços de mediação para garantir o cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza têm sido intensificados nos últimos dias com a ativa participação diplomática de Washington, Israel e Catar, este último liderando as negociações a partir de Doha, onde a liderança exilada do Hamas está sediada. A expectativa é que, se as negociações avançarem positivamente, um acordo de paz duradouro possa ser alcançado, colocando fim a uma guerra que já causou grande sofrimento e perdas de vidas na região.