Ao longo dos três episódios de “Os Suspeitos”, Boulos explorou a suposta ligação de Nunes com a Máfia das Creches, investigada pela Polícia Federal. Esta estratégia de ameaças de revelações bombásticas levou a comparações com Pablo Marçal, influenciador digital conhecido por adotar métodos acusatórios. No entanto, durante a sabatina promovida pelo UOL/Folha, Boulos negou seguir o mesmo caminho de Marçal.
Além das denúncias contra o adversário, a campanha de Boulos também enfatizou propostas e destacou a imagem do ex-presidente Lula e da ex-prefeita Marta Suplicy. O vídeo eleitoral ressaltou promessas do plano de governo do psolista, como o Poupatempo da Saúde e a ampliação da oferta de educação integral. A presença de Lula e Marta ao lado de Boulos foi utilizada como trunfo para angariar mais votos na periferia da cidade.
Por sua vez, Nunes apostou em ressaltar suas origens periféricas e mostrou um retorno simbólico ao Parque Santo Antônio, local de seu nascimento. Valorizando sua trajetória de sucesso, o prefeito destacou a jornada de sair da periferia para se tornar prefeito da capital paulista.
A propaganda final do atual prefeito enfatizou realizações de sua gestão e prometeu um caminho seguro para São Paulo. O destaque foi para obras e programas executados durante seu mandato, como a construção de casas populares e tarifa zero nos ônibus aos domingos. Além disso, Nunes reforçou a narrativa de que a reeleição dele representa estabilidade, ao passo que rotulou Boulos como “extremista” e “invasor de propriedade”.
Apesar das estratégias opostas, a última pesquisa Datafolha apontou que Nunes segue à frente de Boulos, com uma vantagem de 14 pontos percentuais. O atual prefeito aparece com 49% das intenções de voto, enquanto o psolista alcança 35%. A diferença entre os candidatos reduziu em quatro pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, indicando que a disputa segue acirrada até o último momento.