Com extensão de 1,2 km sobre o rio Mamoré, a Ponte Internacional de Guajará-Mirim será um marco de conexão entre as cidades de Guajará-Mirim, em Rondônia, e Guayaramerín, na Bolívia. Integrada ao novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a construção fortalecerá os laços na América do Sul e abrirá caminho para o escoamento de mercadorias rumo ao oceano Pacífico.
Essa não é a única ponte binacional existente no Brasil, que já conta com outras 12 estruturas em seu território. A mais conhecida delas é a Ponte Internacional da Amizade, na fronteira com o Paraguai, demonstrando a importância dessas conexões terrestres para o fortalecimento das relações entre países vizinhos.
A previsão é que as obras da Ponte Internacional de Guajará-Mirim comecem em 2025 e sejam concluídas até 2027, representando um investimento inicial de R$ 300 milhões por parte do governo brasileiro. Além da ponte em si, estão previstos a instalação de uma aduana e a construção de acessos viários para facilitar o tráfego e a circulação de mercadorias.
Essa iniciativa não apenas reforça os laços históricos entre o Brasil e a Bolívia, mas também promete impulsionar o desenvolvimento econômico regional, facilitando o comércio e contribuindo para a integração sul-americana. A construção da ponte é vista como um passo estratégico para garantir a presença do Brasil na região e impedir que outros países ocupem esse espaço, como a China, que tem aumentado seus investimentos em infraestrutura na América do Sul.
Além dos benefícios econômicos, a construção da ponte também promete aliviar tensões na região e fortalecer os laços diplomáticos, principalmente em um momento de atritos entre governos na América Latina. A iniciativa é vista como um esforço concreto do governo brasileiro para retomar a integração sul-americana e promover o desenvolvimento regional.
No entanto, a construção da Ponte Internacional de Guajará-Mirim não está isenta de polêmicas e questionamentos, especialmente devido à sua localização em uma região da Amazônia fortemente desmatada. Novos estudos ambientais serão realizados para avaliar os impactos da obra e definir medidas de mitigação, garantindo a preservação ambiental e o respeito às comunidades indígenas e unidades de conservação presentes na região.