Após ser aprovado em primeira votação pela Câmara Municipal, o projeto ainda aguarda uma segunda análise dos vereadores para se tornar lei. No entanto, o tema já se tornou central na campanha municipal do ano que vem, com o atual prefeito Rogério Santos (Republicanos), buscando a reeleição e enfrentando opositores que questionam a proposta.
Entre as principais críticas ao projeto está a preocupação de que o pagamento de aluguel para moradores de rua possa perpetuar o problema e até mesmo atrair mais pessoas para a cidade, inclusive de outras regiões. A deputada federal Rosana Valle (PL), que deve ser uma das principais adversárias do atual prefeito no próximo pleito, ressalta a importância de oferecer um acolhimento integral e planejado para resolver de forma definitiva a situação dos moradores de rua.
Ela chega a comparar a iniciativa da atual gestão com o programa “Bolsa Crack” da prefeitura de São Paulo, citando a necessidade de uma proposta mais ampla para resolver o problema dos sem-teto.
Em resposta, a prefeitura de Santos defende o projeto, argumentando que o dinheiro não será dado diretamente aos moradores de rua, mas sim direcionado aos aluguéis. Além disso, ressalta que os beneficiados são pessoas que já são atendidas por outros programas municipais e que a iniciativa não atrairá mais pessoas em situação de rua para a cidade.
Segundo a administração municipal, a proposta tem como objetivo reduzir o número de moradores de rua atendendo aqueles que já estão na rede municipal de serviços, oferecendo uma moradia temporária até que estejam preparados para ser reinseridos no mercado de trabalho, com o respaldo das equipes técnicas da Prefeitura de Santos.
Dessa forma, o debate em torno do pagamento de aluguel para moradores de rua em Santos se intensifica à medida que o projeto avança no processo legislativo e se torna um dos principais temas da campanha municipal do próximo ano. A discussão sobre a eficácia e os impactos dessa proposta certamente seguirá em destaque nos próximos meses.
