Repórter São Paulo – SP – Brasil

Projeto de lei sobre imigração nos EUA enfrenta resistência e polêmica no Congresso.

Proposta legislativa pode restringir drasticamente a capacidade de migrantes solicitarem asilo nos Estados Unidos, além de destinar mais fundos para reforçar a Patrulha Fronteiriça e ampliar as operações de deportação e detenção de pessoas indocumentadas. Este é um dos principais pontos do projeto de lei que está sendo negociado há meses pelo senador democrata Chris Murphy. Enquanto houve ênfase na continuidade da possibilidade de solicitação de asilo por meio de um aplicativo online, a proposta não contempla a legalização de “Dreamers” e da maioria dos 11 milhões de indocumentados no país.

A Associação Americana de Advogados de Imigração (AILA) criticou a proposta por não incluir medidas para proteger os Dreamers e oferecer um plano de legalização para imigrantes que contribuíram para o país. Além disso, apontou que a nova autoridade de expulsão, que permite deportar solicitantes de asilo que entram entre os portos de entrada, provocará grandes aglomerações de migrantes do lado mexicano da fronteira, aumentando a violência e o caos na região.

Por mais que o presidente Joe Biden endosse a proposta, ela enfrenta dificuldades para ser aprovada no Congresso. Líderes republicanos afirmaram que o projeto é ainda pior do que o esperado e não será capaz de acabar com a crise na fronteira. A probabilidade de votação pela proposta está em dúvida, e a influência do ex-presidente Donald Trump sobre a ala republicana pode fazer com que o projeto nem sequer chegue a ser votado.

O fato de os republicanos terem pressionado os democratas a endossar medidas que sempre repudiaram é visto como uma vitória temporária, já que as chances de aprovação e eficácia das medidas propostas são muito baixas. Enquanto isso, o impasse político pode prolongar a crise na fronteira durante o ano eleitoral.

Em resumo, a proposta legislativa em questão tem gerado intensos debates e disputas nos bastidores políticos dos Estados Unidos. Contudo, as perspectivas de sua aprovação e eficácia são incertas, e o impasse político parece ser a principal consequência desse embate.

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