Projeto de lei nos EUA ameaça proibir TikTok por supostas ligações com governo chinês, gerando tensões comerciais entre os países.

Na última quarta-feira, a Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que visa forçar o TikTok a se desvincular de sua matriz na China, a empresa ByteDance. Esta medida surge após meses de acusações de que o aplicativo de compartilhamento de vídeos permite que o governo chinês espione e manipule os 170 milhões de usuários nos Estados Unidos.

Aprovado na Câmara, o projeto de lei ainda precisa passar pelo Senado, onde pode enfrentar maior resistência devido a críticas de alguns congressistas que consideram a medida muito drástica. A proposta de desvinculação do TikTok de sua matriz chinesa visa, segundo os defensores, proteger a privacidade dos usuários americanos e impedir possíveis práticas de espionagem por parte do governo chinês.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, criticou a aprovação do projeto de lei na Câmara, afirmando que coloca os Estados Unidos em oposição aos princípios de livre concorrência e às regras internacionais de economia e comércio. Wang ainda ressaltou que a atitude dos americanos seria como agir como bandidos, ao tentar se apropriar do que pertence a outros.

Além disso, o governo chinês tem pressionado Washington a fornecer um ambiente aberto, equitativo, justo e não discriminatório para que empresas estrangeiras possam investir e atuar nos Estados Unidos. Esta tensão entre as duas potências reflete um cenário de disputas geopolíticas e comerciais que têm se intensificado nos últimos anos.

Ainda não está claro qual será o desfecho dessa situação envolvendo o TikTok e as autoridades americanas, mas o embate entre os dois países promete ser um capítulo importante na complexa relação entre China e Estados Unidos.

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