Projeto “Cardume” revitaliza o Rio Pardo em São Paulo através de ações voluntárias de repovoamento de peixes, trazendo vida de volta ao rio

O Rio Pardo, localizado em São Paulo e com 264 km de extensão, passou por um grande desafio nos últimos anos: a falta de peixes em suas águas. Esse problema levou voluntários de diferentes áreas profissionais a se unirem em um projeto ambiental chamado “Cardume”, realizado pela ONG Rio Pardo Vivo, que tinha como objetivo repovoar o rio com diversas espécies nativas de peixes.

Desde o início das atividades, em 2008, o projeto já soltou cerca de 3 milhões de alevinos no Rio Pardo. Entre essas espécies estão o pacuguaçu, curimbatá, lambari, dourado, piapara e piracanjuba. O presidente da ONG, Carlos Cavalcchuki, iniciou as pesquisas sobre o sumiço dos peixes em 2002 e percebeu que as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e a poluição urbana eram os principais responsáveis pelo problema.

Com formação em gestão de recursos hídricos e planejamento ambiental, Cavalcchuki acompanhou o declínio da vida no rio ao longo dos anos. Ele ressaltou que a falta de planejamento ambiental e o despejo de esgoto nas águas contribuíram para a degradação do Rio Pardo. Com o projeto “Cardume”, a qualidade da água melhorou, os animais voltaram e os corredores ecológicos foram restaurados.

Wellington Pauloni, voluntário do projeto e pescador há 40 anos, destacou a importância da iniciativa para o retorno dos peixes ao rio. Ele, juntamente com seu filho João Marcos, participa ativamente das ações de soltura de alevinos e ressalta a importância da preservação do Rio Pardo para as futuras gerações.

Com as solturas de alevinos ocorrendo três vezes ao ano e a melhoria das condições ambientais no rio, a comunidade local vem se envolvendo cada vez mais nas ações de preservação. O projeto “Cardume” demonstra que, com a participação de todos, é possível transformar uma área degradada em um ambiente próspero e saudável para as próximas gerações.

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