O estudo Sondagem da Construção de dezembro apontou que o Minha Casa, Minha Vida já está movimentando o mercado, impulsionando lançamentos e vendas nos últimos meses do ano passado. Isso indica uma retomada do ciclo de crescimento que estava começando a enfraquecer. Além disso, as empresas de infraestrutura estão planejando investimentos que devem contribuir para o crescimento contínuo da atividade ao longo de 2024.
O programa do governo federal subsidia a compra de casa ou apartamento para famílias com renda até R$ 8.000 mensais, oferecendo taxas de juros mais baixas do que as praticadas no mercado. Esse incentivo foi um dos três motivos responsáveis pelo crescimento dos lançamentos imobiliários no país no segundo semestre do ano passado, ao lado dos descontos oferecidos pelas construtoras e da evolução no segmento de alta renda. Na parte da infraestrutura, o aumento da demanda foi impulsionado por investimentos privados e públicos.
A pesquisa revelou que, entre os empresários otimistas, 71% têm uma visão positiva para o setor, enquanto 30% acreditam em um aumento de receitas em 2024 e 24,3% acreditam na melhoria do cenário macroeconômico. No entanto, o otimismo na construção é inferior à média registrada entre os empresários da indústria, comércio e serviços, ainda que seja maior do que o registrado entre os empresários do comércio.
Apesar do otimismo, 14,7% dos empresários têm uma visão pessimista para 2024 e 31,6% não souberam responder. Entre os que não acreditam em um bom ano, 85% atribuem a descrença à incerteza ou à falta de confiança na política econômica do governo federal.
A Sondagem da Construção é realizada mensalmente pelo FGV Ibre e reúne um conjunto de informações usadas no monitoramento e antecipação de tendências econômicas do setor. A pesquisa ressalta a importância do Minha Casa, Minha Vida como um impulsionador do mercado de construção e infraestrutura, mesmo diante de um cenário de incertezas e desconfianças em relação à política econômica do país.
