Com pedras, troncos e pneus em chamas, os manifestantes interromperam o trânsito em várias rodovias nos departamentos de Cochabamba, Oruro, Potosí e La Paz. Segundo a Administradora Boliviana de Rodovias, foram relatados 16 pontos de bloqueio, a maioria deles localizados em Cochabamba, que é considerado o berço político do ex-presidente Morales.
Esta manifestação de descontentamento por parte dos cocaleiros é um reflexo do clima político tenso que se instaurou no país desde a última decisão judicial. A inabilitação de Evo Morales como candidato às eleições de 2025 gerou indignação e revolta entre seus apoiadores, que veem a decisão como uma manobra para tirar o ex-presidente da disputa política.
Os bloqueios nas estradas causaram transtornos para os motoristas e comerciantes que dependem do transporte rodoviário para escoar suas mercadorias. Além disso, a interrupção do trânsito também impactou setores como o turismo, que é essencial para a economia do país.
O governo boliviano está atento à situação e tem buscado meios de diálogo com os manifestantes, a fim de tentar encontrar uma solução pacífica para o impasse. No entanto, a tensão persiste e a situação continua delicada.
Enquanto isso, a população aguarda por desdobramentos e torce para que a controvérsia seja resolvida de forma democrática e pacífica, sem que seja necessário recorrer a medidas extremas que possam gerar mais instabilidade no país. A Bolívia passa por um momento desafiador, e a busca por soluções que garantam a estabilidade política e social é essencial para o futuro do país.