Em relação aos acontecimentos do dia 8 de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou os executores e organizadores dos atos antidemocráticos. Agora, a próxima fase das investigações visa mirar as autoridades envolvidas na arquitetura do plano de tomada de poder. Entre os possíveis alvos estão o presidente Bolsonaro e membros da cúpula das Forças Armadas.
Desde sua posse em dezembro de 2023, a expectativa no meio jurídico era de que Gonet apresentasse rapidamente uma denúncia contra Bolsonaro, que atualmente é alvo de dez investigações no STF. No entanto, o procurador-geral tem adotado uma abordagem mais cautelosa em sua atuação. A intenção é reunir uma quantidade significativa e sólida de provas antes de formular qualquer acusação, a fim de enfraquecer a narrativa do ex-presidente de que está sendo alvo de perseguição judicial.
É evidente que Gonet está buscando construir um caso sólido e robusto contra Bolsonaro, com a intenção de garantir que qualquer denúncia seja fundamentada em provas substanciais. Essa abordagem cuidadosa também visa minar as alegações do ex-presidente de que está sendo injustamente perseguido pela justiça. A atuação do procurador-geral da República continuará sendo acompanhada de perto nos próximos meses, à medida que os desdobramentos dessas investigações impactam o cenário político nacional.