Após mais de 200 dias de conflito entre Israel e Hamas, o procurador do TPI emitiu um comunicado detalhando as acusações contra Netanyahu e seu ministro da Defesa, Yoav Gallant. Eles são acusados de “matar deliberadamente de fome civis”, “homicídio intencionado” e “extermínio e/ou assassinato” na Faixa de Gaza. O procurador destacou que esses crimes fazem parte de um ataque sistemático contra a população civil palestina, em conformidade com a política de uma organização.
Além dos líderes israelenses, o pedido de detenção também inclui dois membros proeminentes do Hamas: Mohammed al Masri, conhecido como “al Deif”, líder das brigadas Ezzedine al Qassam, e Ismail Haniyeh, líder do escritório político do movimento palestino sediado no Catar. O procurador enfatizou que os crimes contra a humanidade atribuídos a eles são parte de um ataque generalizado promovido pelo Hamas e outros grupos armados.
A reação do Hamas não se fez esperar, com a organização condenando firmemente a decisão do Tribunal Penal Internacional. O grupo criticou as tentativas do procurador de equiparar vítimas e carrascos, apontando que as ordens de prisão contra os líderes da resistência palestina são injustas e desproporcionais.
Essa situação coloca em evidência a complexidade e sensibilidade do conflito entre Israel e o Hamas, além de trazer à tona questões importantes sobre justiça internacional e responsabilização por crimes de guerra. O desdobramento desse caso promete gerar debates acalorados e levantar questões éticas e políticas em todo o mundo.