Privatização de terrenos de marinha gera debate sobre fechamento de praias e acesso público ao litoral brasileiro.

O debate sobre a privatização de áreas costeiras e praias tem gerado muita discussão e polêmica no Brasil. Isso porque, segundo dados da Secretaria de Gestão do Patrimônio da União (SPU), cerca de 2,9 milhões de imóveis estão localizados em terrenos de marinha, áreas que pertencem à União.

Essas áreas são ocupadas por moradores que estão sujeitos ao regime de aforamento, o que significa que devem pagar anualmente uma taxa à União pelo uso do terreno. No entanto, a transferência desses terrenos para os ocupantes legais pode acarretar no fechamento de praias e áreas litorâneas, que atualmente são de acesso público.

De acordo com a legislação vigente, mesmo que os ocupantes legais tenham a posse e documentos do imóvel, as praias e áreas costeiras pertencem à União e não podem ser fechadas. Porém, com a extinção do terreno de marinha, o proprietário passaria a ser o único dono e poderia transformar a praia em um espaço particular, cobrando pelo acesso.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Praias foi aprovada na Câmara dos Deputados em fevereiro de 2022 e enviada para análise do Senado. O relator do projeto, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), apresentou um parecer favorável à PEC em maio do ano passado, o que gerou ainda mais debates e discussões sobre o assunto.

Para que a população possa opinar sobre a privatização das praias, é possível acessar a página da PEC no site do Senado e participar da pesquisa de opinião. Basta responder à pergunta “Você apoia essa proposição?” selecionando “Sim” ou “Não” e se autenticar no site do senado para que o voto seja computado.

O tema continua sendo acompanhado de perto por diversos setores da sociedade, que estão atentos ao andamento da PEC das Praias no Congresso e às possíveis consequências que a privatização dessas áreas pode trazer para o acesso público às praias e regiões costeiras do país.

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