Um dos casos mais emblemáticos foi o de Bialiatski, de 61 anos, que estava cumprindo uma sentença de dez anos por financiar os protestos contra o governo. Sua libertação ocorreu após um intenso esforço de negociações e trocas entre os países envolvidos, sendo que, ironicamente, ele foi agraciado com o Prêmio Nobel em 2022, um ano após sua prisão.
A membro da organização de direitos humanos Viasna, Alena Masliukova, manifestou sua frustração com a situação, ressaltando a esperança inicial de que os prisioneiros políticos de Belarus fizessem parte do acordo de libertação. Masliukova, que atualmente vive no exílio em Vilnius, capital da Lituânia, ressaltou que a decepção ainda não foi superada.
Outro destaque foi a libertação do cidadão alemão Rico Krieger, sentenciado à morte em Belarus sob acusação de terrorismo. A situação do país, aliado próximo ao regime russo, é delicada, com a prisão de 1.390 pessoas consideradas presas políticas, muitas delas detidas durante os protestos em massa ocorridos há quatro anos.
Esses episódios evidenciam a complexidade das relações internacionais e o papel dos prisioneiros políticos como peões em um jogo de poder entre diferentes nações. A libertação desses dissidentes, embora represente um alívio para eles e seus apoiadores, ainda é marcada por sentimentos mistos de frustração e desconfiança em relação aos acordos realizados.