Prisão de alta segurança para membros de gangues é inaugurada em El Salvador em meio a polêmicas sobre direitos humanos.

Em meio a um cenário de tensão e polêmica, o presidente salvadorenho, Nayib Bukele, implementou um regime de exceção que resultou na detenção de mais de 80.000 supostos membros de gangues, em uma tentativa de conter a escalada de violência que assolou o país recentemente.

Até fevereiro deste ano, a prisão conhecida como Cecot abrigava cerca de 12.500 integrantes das gangues Mara Salvatrucha (MS-13) e Barrio 18, que foram detidos sob esse regime especial. No entanto, essa medida tem sido questionada por organizações de direitos humanos, que alegam que inocentes estão sofrendo as consequências dessa ação drástica.

Os detidos foram vistos em um vídeo divulgado pelo próprio presidente Bukele, vestindo apenas shorts brancos e descalços, sendo introduzidos na prisão sob um forte esquema de segurança. Segundo o mandatário, esses indivíduos pagarão pelos crimes cometidos contra a população, ficando incomunicáveis e sem possibilidade de continuar suas atividades criminosas de dentro da prisão.

Localizada em Tecoluca, a prisão ocupa uma extensa área de 166 hectares, onde foram construídos oito pavilhões dentro de um perímetro com 19 torres de vigilância. O complexo conta com sete perímetros de segurança, incluindo um imponente muro de concreto de 11 metros de altura e 2,1 quilômetros de extensão, além de cercas eletrificadas e dispositivos para bloquear as comunicações externas.

O custo total da construção do Cecot não foi revelado pelo governo, mas fica evidente o investimento significativo feito para garantir a segurança e a eficácia desse sistema de detenção de supostos membros de gangues. Enquanto a sociedade aguarda para ver os resultados dessa polêmica medida, permanece o debate acerca de seus impactos e da garantia dos direitos humanos dos detidos.

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