A controvérsia em torno do comentário de Biden gerou um atrito diplomático entre os dois países, com Marape pedindo uma investigação por parte da Casa Branca para esclarecer a verdade sobre os desaparecidos da Segunda Guerra Mundial, como Ambrose Finnegan. O primeiro-ministro enfatizou que a história de Papua Nova Guiné durante o conflito mundial é sensível e que seu país foi envolvido indevidamente em uma guerra que não era de sua responsabilidade.
Historiadores destacam a importância estratégica de Papua Nova Guiné para os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, mas ressaltam que a guerra deixou um legado sensível entre os habitantes das ilhas do Pacífico. Marape também mencionou os impactos contínuos da guerra na região, incluindo a presença de restos humanos, destroços de aviões e bombas não detonadas que ainda representam perigos para os civis locais.
Além disso, o encontro entre Marape e o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, neste domingo, destaca a busca por fortalecer laços econômicos mais estreitos entre os dois países. A China e os Estados Unidos competem por influência na região, com acordos de cooperação e segurança em países vizinhos, como as Ilhas Salomão.
Diante desse contexto, a declaração de Biden sobre o possível canibalismo envolvendo seu tio durante a Segunda Guerra Mundial continua gerando repercussões e tensionando as relações diplomáticas entre Papua Nova Guiné e os Estados Unidos. A solicitação de Marape por uma investigação aprofundada busca esclarecer os fatos e preservar a memória dos veteranos de guerra envolvidos no conflito.