Em seu retorno, Janja também revelou que seu e-mail e perfil no LinkedIn também foram invadidos, causando-lhe angústia, ansiedade e tristeza. Ela considerou as agressões sofridas como um desrespeito e uma exposição indesejada, mas ressaltou o acolhimento e conforto que recebeu de mensagens de apoio.
A socióloga afirmou que cogitou não voltar para a plataforma, principalmente devido à demora dos administradores em congelar seu perfil e interromper as postagens imediatamente após a invasão. Ela também apontou a lentidão na recuperação da conta e na entrega do relatório para investigação da Polícia Federal, que só aconteceu quatro dias depois dos crimes cometidos.
Janja ressaltou a situação das mulheres que sofrem ataques semelhantes e a dificuldade que enfrentam para fazer as plataformas de redes sociais agirem. Ela cobrou responsabilização das empresas de tecnologia, afirmando que as plataformas lucram com o ódio disseminado.
A socióloga também mencionou a necessidade de combate a esses crimes contra mulheres e defendeu um engajamento da sociedade nesse sentido. Ela concluiu afirmando sua decisão de continuar atuante nas redes sociais, lutando para que todas as mulheres possam viver suas vidas livres de violência.
A invasão da conta de Janja foi amplamente repudiada, e a Polícia Federal realizou operações para identificar e responsabilizar os autores do ataque. A lentidão na ação dos administradores do Twitter e a demora na entrega de relatórios para investigação da PF foram apontadas como falhas no processo.
A invasão à rede social de Janja está inserida no contexto do inquérito das milícias digitais, conduzido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. O caso também gerou indignação e repúdio por parte da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Espera-se que a denúncia e a coragem de Janja ao enfrentar esse episódio desencadeiem medidas mais efetivas de combate ao discurso de ódio e aos ataques cibernéticos, visando garantir a segurança e integridade das mulheres no ambiente virtual e fora dele.