Diante da reação negativa da sociedade, inclusive com manifestações públicas de figuras conhecidas, como o apresentador Luciano Hulk, o presidente da Câmara, Arthur Lira, decidiu recuar e adiar a votação do projeto para o segundo semestre. No entanto, para as mulheres contrárias à proposta, o adiamento não é suficiente. Elas exigem o arquivamento completo do projeto.
A decisão de aprovar a urgência da proposta foi tomada em meio a um acordo com a bancada evangélica, um dos grupos que mais pressionam pela proibição do aborto. O presidente da Câmara afirmou que nada será avançado se isso representar algum dano às mulheres, mas isso não tem sido suficiente para acalmar os ânimos dos opositores do projeto.
A proposta em questão modificaria quatro artigos do Código Penal brasileiro, aumentando significativamente as penas para quem pratica aborto. Atos que atualmente não são considerados crimes ou que têm penas mais brandas passariam a ser tratados como homicídio simples, com penas de seis a 20 anos de prisão.
Diante da repercussão do caso e das pressões recebidas, o futuro do projeto ainda é incerto. A sociedade civil e diversos movimentos em defesa dos direitos das mulheres continuam vigilantes e mobilizados para garantir que a proposta não avance e que os direitos reprodutivos das mulheres sejam respeitados.