A pressão internacional se intensificou devido à situação precária em que se encontravam os dois milhões de palestinos deslocados na cidade. Muitos deles estavam encurralados contra a cerca da fronteira com o Egito, vivendo em tendas improvisadas. O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, alertou sobre as consequências de uma ofensiva terrestre do Exército israelense contra o sul da Faixa de Gaza, classificando a situação como uma possível violação do direito internacional e uma “política de limpeza étnica” de Israel.
A diretora executiva da UNICEF, Catherine Russell, também se manifestou nas redes sociais, pedindo proteção para os civis em Rafah, destacando que não têm para onde ir e que vivem em um dos lugares mais densamente povoados do mundo.
Grupos de ajuda humanitária também alertaram sobre um alto número de mortes de palestinos se as forças israelenses invadissem Rafah e sobre a crescente crise humanitária na cidade. Apesar das críticas, Netanyahu rejeitou os apelos para evitar uma ofensiva militar em Rafah, argumentando que não poderiam “perder a guerra” ou manter o Hamas no controle da região se não agissem.
A decisão de evacuação de Rafah marca um ponto de viragem na operação militar israelense na Faixa de Gaza e vem como resultado de uma pressão global sem precedentes. Espera-se que a evacuação traga alívio para a população civil da cidade, mas o futuro ainda é incerto em meio à contínua escalada de tensões na região.