Pressão chinesa nas eleições de Taiwan: Pequim apresenta escolha entre “paz e guerra” e é acusada de tentar influenciar o resultado

Pequim tem exercido pressão sobre Taiwan nas eleições presidenciais e legislativas de 13 de janeiro, apresentando a escolha como entre “paz e guerra”. O governo chinês reivindica Taiwan como seu território e exerceu pressão militar e política sobre a ilha para forçá-la a aceitar sua soberania. Classificando o partido governista como um “separatista perigoso”, Pequim pediu aos taiwaneses para fazerem a “escolha certa”.

A legislação taiuanesa proíbe que as campanhas eleitorais recebam dinheiro de “forças hostis externas”, incluindo a China. Como resultado, promotores no sul de Taiwan estão investigando 22 pessoas, incluindo políticos, por possíveis violações das leis eleitorais e de segurança. Além disso, as agências de segurança de Taiwan estão investigando mais de 400 visitas à China no último mês, a maioria realizada por líderes locais. Essas viagens, que incluem descontos em acomodações, transporte e refeições, suspeita-se que tenham sido subsidiadas por unidades do Escritório para Assuntos de Taiwan da China.

Um oficial de segurança de Taiwan, que pediu anonimato devido à sensibilidade do assunto, explicou que as agências acreditam que as viagens foram financiadas pelo escritório chinês. O mesmo oficial também mencionou que o escritório chinês não respondeu a um pedido de comentário e já havia dito anteriormente que respeita os “sistemas sociais” de Taiwan ao comentar sobre as eleições.

Solicitado a comentar, o Conselho de Assuntos Continentais de Taiwan encaminhou à Reuters os comentários de seu ministro, Chiu Tai-san. Ele disse que era “evidente” que Pequim estava tentando influenciar as eleições de Taiwan por meio de viagens gratuitas para políticos.

Essa interferência nas eleições de Taiwan por parte da China levanta preocupações sobre a influência externa no processo democrático do país. A tensão entre Pequim e Taipé aumenta à medida que se aproximam as eleições, e a pressão do governo chinês gera incertezas sobre o futuro do relacionamento entre as duas partes.

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