Além disso, um ataque com faca em junho, no qual um homem afegão matou um policial alemão, também contribuiu para o aumento da pressão sobre o governo. Em resposta a esses eventos, o governo anunciou na quinta-feira um pacote de medidas para endurecer a política de asilo e acelerar as deportações.
Essa decisão não só reflete a preocupação com a segurança pública, mas também está relacionada às eleições que estão programadas para domingo nos Estados da Saxônia e Turíngia, no leste do país. O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) lidera as pesquisas nessas regiões, impulsionado por sua posição anti-imigração.
A medida mais recente do governo, que envolveu a deportação de 28 condenados em um voo com destino a Cabul, gerou controvérsia. O chanceler Olaf Scholz defendeu a iniciativa em uma entrevista coletiva, ressaltando a importância de combater a criminalidade entre os imigrantes.
No entanto, o vice-chanceler Robert Habeck afirmou que o direito a asilo na Alemanha deve permanecer inalterado, destacando a importância de garantir que aqueles que realmente necessitam de proteção possam continuar a recebê-la.
Nesse contexto tenso e polarizado, fica evidente que a questão da imigração continuará a desempenhar um papel central no debate político do país, tanto no que diz respeito à segurança quanto aos direitos humanitários. A sociedade alemã enfrenta o desafio de conciliar essas duas perspectivas e encontrar soluções que garantam a segurança de seus cidadãos sem comprometer seus valores fundamentais.