Marçal, coach e empresário, mostrou um desempenho significativo nas pesquisas, marcando 9% em um dos cenários testados pelo Datafolha e 7% em outro, o que mudou o jogo para a escolha do vice de Nunes. Antes, o prefeito estava mais livre para essa escolha, mas agora enfrenta a pressão de ter que agradar os eleitores bolsonaristas.
No início do ano, o PL e o governador Tarcísio de Freitas apoiaram Nunes com a expectativa de indicar ou pelo menos avalizar a vice. Entretanto, com a presença de Marçal na disputa, surge uma corrente que defende a escolha de alguém mais alinhado ao bolsonarismo, como o ex-comandante da Rota, coronel Mello Araújo, indicado pelo próprio Jair Bolsonaro.
Apesar da fidelidade dos eleitores bolsonaristas a Nunes, é evidente a pressão para que o prefeito faça um gesto que justifique o apoio de Bolsonaro. No entanto, a escolha de Mello Araújo não agrada a todos os partidos da aliança, principalmente o MDB, que vê no coronel um perfil muito bolsonarista e sem experiência política.
Enquanto isso, outros nomes também são cogitados para a vice de Nunes, como Aldo Rebelo, Sonaira Fernandes, Rute Costa, Raquel Gallinati, Milton Leite e Tomé Abduch. Cada um desses possíveis candidatos possui seus pontos fortes e fracos, e a escolha final do vice ainda é motivo de muita especulação e pressão nos bastidores.
A decisão deve ser tomada apenas em julho, mas a expectativa e a tensão em torno desse processo são evidentes, com diversos interesses e apoios políticos em jogo. A corrida eleitoral em São Paulo está cada vez mais acirrada, e a escolha do vice pode ser determinante para o resultado das eleições. A pressão sobre Ricardo Nunes só aumenta à medida que a data da escolha se aproxima.