Presidente Lula recria Comissão de Mortos e Desaparecidos em meio a polêmicas e desafios para buscar justiça e reparação.

A reinstalação da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos pelo presidente Lula gerou grande repercussão e expectativa não só entre os familiares das vítimas do regime militar, mas também entre representantes de direitos humanos e entidades da sociedade civil. A presidente da comissão, Eugênia Gonzaga, afirmou que o encerramento do colegiado em 2022 causou inquietação e angústia, prejudicando as buscas e identificações de vítimas.

A Coalizão Brasil Memória Verdade Justiça Reparação e Democracia comemorou a retomada da comissão, mas pediu garantias de orçamento e ampliação do escopo dos trabalhos para incluir grupos como indígenas e moradores de periferia. A medida foi vista como um compromisso de Lula com os direitos das vítimas e seus familiares.

A decisão de Lula de recriar a comissão, que havia sido extinta no governo de Jair Bolsonaro, foi anunciada oficialmente no Diário Oficial da União. A mudança no comando da comissão, com a recondução de Eugênia à presidência e a substituição dos integrantes indicados por Bolsonaro, foi vista como um sinal de avanço na busca por justiça e reparação.

As entidades da sociedade civil, que se mantiveram atentas e engajadas na causa, receberam a notícia com alegria e satisfação. A ampliação do escopo dos trabalhos da comissão foi defendida como uma forma de reconhecer e incluir grupos historicamente excluídos da justiça de transição no Brasil.

Apesar das especulações sobre possíveis impactos na relação com os militares, tanto o Ministério da Defesa quanto o Exército se manifestaram favoráveis à colaboração com os trabalhos da comissão. O caráter humanitário da comissão foi destacado como fundamental para garantir o direito das famílias de conhecer a verdade sobre o que aconteceu com seus entes queridos.

Diante desses desdobramentos, a reinstalação da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos representa um passo importante na busca por justiça, verdade e reparação para as vítimas do regime militar no Brasil. A sociedade civil e as entidades de direitos humanos seguem vigilantes e comprometidas em garantir que a comissão tenha todos os meios necessários para cumprir sua missão de forma efetiva e abrangente.

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