Presidente Lula promove diálogo com países detentores de florestas tropicais e defende reforma do Conselho de Segurança da ONU

O líder brasileiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez um discurso histórico na abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Neste retorno após 14 anos, Lula abordou os principais desafios enfrentados pela humanidade e apresentou uma visão do Sul Global diante dessas questões.

Em seu discurso, Lula ressaltou a importância do diálogo entre os países detentores de florestas tropicais da África e da Ásia. Ele destacou a necessidade de uma visão conjunta na preservação das bacias Amazônica, do Congo e do Bornéu-Mekong, levando em consideração as necessidades dessas regiões.

O ex-presidente também enfatizou a importância da mobilização de recursos financeiros e tecnológicos para implementar os acordos internacionais, como o Acordo de Paris e o Marco Global da Biodiversidade. Lula criticou a promessa de destinar anualmente 100 bilhões de dólares para os países em desenvolvimento, ressaltando que esse valor é insuficiente diante da demanda, que já alcança a casa dos trilhões de dólares.

Outro ponto abordado por Lula em seu discurso foi a reforma do sistema da ONU. Ele ressaltou que a organização nasceu para ser a casa do entendimento e do diálogo, mas é preciso escolher entre o aprofundamento dos conflitos e das desigualdades ou a renovação das instituições multilaterais dedicadas à promoção da paz.

O presidente brasileiro também criticou as sanções unilaterais impostas a certos países, como o embargo econômico e financeiro a Cuba, e destacou a necessidade de ampliação do Conselho de Segurança da ONU, que vem perdendo sua credibilidade ao não conseguir resolver conflitos de forma eficaz.

Lula concluiu seu discurso afirmando que a ONU precisa cumprir seu papel de construtora de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Ele ressaltou a importância da indignação diante da desigualdade e da necessidade de trabalhar incansavelmente para superá-la.

O retorno de Lula à Assembleia Geral da ONU foi visto como um triunfo da democracia brasileira e uma oportunidade de contribuir para o enfrentamento dos principais desafios globais. Seu discurso trouxe uma perspectiva do Sul Global e ressaltou a importância do diálogo e da cooperação internacional para a construção de um mundo melhor.

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