Durante o encontro, eles abordaram a importância de retomar o processo de paz no Oriente Médio. Lula e Al-Sisi também defenderam um cessar-fogo imediato no conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. O presidente brasileiro lamentou a situação de guerra na região, afirmando que, em vez de discutir o aumento da produção de alimentos, crescimento econômico e distribuição de renda, as atenções estão voltadas para o conflito armado. “A guerra não traz benefício a ninguém, traz morte, destruição e sofrimento”, expressou o petista.
As críticas de Lula se concentraram em Israel, mencionando que o país está matando mulheres e crianças sob o pretexto de derrotar o Hamas. Além disso, ele condenou os ataques promovidos pelo Hamas e fez críticas à Organização das Nações Unidas (ONU) e ao atual Conselho de Segurança.
A viagem de Lula ao Cairo faz parte de sua segunda visita oficial ao continente africano durante seu terceiro mandato. A anterior ocorreu em 2003, marcando a primeira vez em que um chefe de Estado brasileiro visitou o país desde as viagens de Dom Pedro II na década de 1870.
A assinatura de acordos bilaterais e as discussões sobre o conflito no Oriente Médio marcam um importante momento na política externa brasileira. A visita de Lula ao Egito reforça a intenção do estado brasileiro em estabelecer laços com nações estratégicas, especialmente em um momento de tensão geopolítica e social. A reunião entre os presidentes demonstra a busca por soluções pacíficas e cooperação internacional para crises globais. A presença de Lula no Cairo também serve como um sinal da relevância do Brasil no cenário internacional, especialmente em questões que envolvem paz, segurança e desenvolvimento.