Presidente Lula diz não ter medo de reitor em meio a greve de servidores da educação federal que já dura dois meses.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez declarações nesta sexta-feira (21) em São Luís, durante cerimônia para anunciar investimentos no Maranhão, em relação à greve de servidores da educação federal, que já se estende por mais de dois meses. Lula afirmou não ter medo de reitor e comparou a sua relação com os dirigentes universitários com a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ao mencionar que já se reuniu com os reitores do Brasil em duas ocasiões no período de um ano e sete meses, Lula destacou a importância de uma relação mais democrática, lembrando inclusive que o dedo mindinho que falta em sua mão não foi mordido por reitores, mas perdido em um acidente de trabalho.

Essas declarações voltadas para os grevistas têm sido recorrentes durante os anúncios de investimentos públicos realizados por Lula no Nordeste. No dia anterior, durante evento no Ceará, o presidente enfatizou que os professores em greve precisam compreender que seu governo está há pouco tempo no poder.

A paralisação dos professores das universidades federais teve início em 15 de abril e envolve reivindicações como reajuste salarial e recomposição do orçamento. Enquanto os servidores demandam um aumento escalonado nos próximos anos, o governo propõe um reajuste menor e distribuído de forma diferente.

Diante das cobranças, o governo lançou um PAC para as universidades federais e hospitais universitários, com um investimento previsto de R$ 5,5 bilhões. Além disso, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou um acréscimo no custeio das instituições federais, com valores destinados tanto às universidades como aos institutos federais.

Apesar do aumento no orçamento das instituições de ensino em 2024 em comparação ao ano anterior, parte desses recursos já estava prevista no orçamento anual e apenas foi antecipada, conforme apontado pela imprensa. Estas medidas refletem a tentativa do governo de resolver as demandas dos grevistas e melhorar a situação da educação no país.

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