Presidente Lula discursa no G77+China sobre a necessidade de ajuda financeira para os países de baixa e média renda na adaptação climática.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso neste sábado (2) no encontro do G77+China sobre Mudança Climática em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), pedindo por ajuda financeira a países de baixa e média renda para implementar planos de adaptação climática.

Lula afirmou que os países em desenvolvimento precisarão de quatro a seis trilhões de dólares ao ano para cumprir com suas contribuições determinadas nacionalmente e planos de adaptações climáticas. Ele defendeu a justiça climática, pedindo que aqueles que mais contribuíram para o aquecimento global arquem com suas responsabilidades.

Além disso, o presidente cobrou um debate para reformar o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os mecanismos de financiamento climático concedidos aos países em desenvolvimento. Ele criticou a lógica estridente dessas instituições e mencionou que os quatros maiores fundos ambientais possuem um saldo de US$10 bilhões de dólares, mas que países em desenvolvimento não conseguem acessá-los devido a obstáculos burocráticos.

Lula também abordou questões de conflito e paz, mencionando a Guerra de Israel contra os palestinos e demais conflitos mundiais. Ele ressaltou a importância de buscar a paz em meio a discussões sobre a questão ambiental, afirmando: “Vamos salvar vidas, ao invés de destruí-las”.

Além das discussões sobre mudanças climáticas, o presidente compartilhou uma carta do Papa Francisco em suas redes sociais, na qual o Papa agradecia por sua disposição em discutir nos fóruns internacionais as condições sociais e climáticas e o futuro do planeta.

Em resumo, o discurso de Lula no encontro do G77+China destacou a necessidade urgente de apoio financeiro aos países em desenvolvimento para investir em adaptações climáticas, a importância de reformas nas instituições financeiras internacionais e a busca pela paz em meio aos conflitos globais. A presença do presidente brasileiro na COP28 certamente trouxe à tona questões relevantes e necessárias para o debate sobre mudança climática e equidade global.

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