Segundo o comunicado, Prates solicitou o encerramento antecipado de seu mandato de forma negociada e, caso aprovado, pretende renunciar ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras. A decisão de substituí-lo foi motivada, em parte, pelas críticas recebidas em março deste ano devido à política de dividendos da empresa.
Na ocasião, a Petrobras reteve os dividendos extraordinários dos acionistas, o que gerou insatisfação entre operadores do mercado e críticas ao presidente Lula. A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado chegou a convidar Jean Paul Prates para prestar esclarecimentos sobre o assunto, enquanto o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também pressionava pela sua saída da presidência.
O desgaste entre Prates e Silveira se agravou quando o ministro admitiu que tinha conflitos com o então presidente da Petrobras. A situação piorou ainda mais quando Prates afirmou publicamente que havia solicitado uma reunião com Lula para definir seu futuro na companhia.
Para substituir Prates, Lula indicou Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) durante o governo Dilma Rousseff. Chambriard possui vasta experiência na área de energia e petróleo, com 22 anos de carreira na Petrobras. Ela é mestre em Engenharia Química pela COPPE/UFRJ e já atua como consultora nesse segmento.
A mudança na presidência da Petrobras gerou especulações no mercado e expectativas sobre os rumos que a estatal tomará sob o comando de Chambriard. A saída de Prates e a chegada de uma nova gestão podem impactar o setor petrolífero e a economia como um todo nos próximos meses.
