O presidente ressaltou que, assim como as lideranças indígenas, ele também é contra a tese do marco temporal e destacou sua posição a favor do direito dos povos indígenas a seu território e cultura. Em sua defesa, Lula lembrou a inclusão de indígenas em seu governo, como a escolha de Joenia Wapichana para a presidência da Funai e a criação do Ministério dos Povos Indígenas, liderado por Sônia Guajajara.
Durante o evento, a cacica Jamopoty Tupinambá fez um apelo ao presidente e ao governo da Bahia pela demarcação da terra indígena do povo tupinambá e pela garantia de direitos básicos como saúde, educação e segurança. Lula, por sua vez, agradeceu ao governo da Dinamarca pela devolução do manto sagrado e exigiu do governador da Bahia um espaço para receber a peça, sinalizando sua realocação para o estado dos tupinambás.
A manifestação dos indígenas durante o evento reflete a insatisfação com a condução da pauta indigenista pelo governo federal, que resultou em desidratação de pastas relacionadas ao meio ambiente e povos indígenas. A cerimônia contou com a presença de autoridades e lideranças indígenas, destacando a importância do respeito aos direitos dos povos originários e a necessidade de atuação conjunta entre diferentes ministérios para garantir o bem-estar das comunidades indígenas.