Presidente Lula critica decisão do Congresso sobre marco temporal em cerimônia de repatriação de manto tupinambá no Rio.

O presidente Luis Inácio Lula da Silva, mais conhecido como Lula, demonstrou firmeza em seu discurso após ser alvo de críticas por lideranças indígenas durante a cerimônia de repatriação do manto tupinambá, realizada no Museu Nacional do Rio de Janeiro. As críticas, principalmente em relação ao marco temporal, foram rebatidas por Lula, que classificou a ideia como “absurda” e criticou o Congresso Nacional pela derrubada dos vetos da lei, em uma vitória da bancada ruralista.

O presidente ressaltou que, assim como as lideranças indígenas, ele também é contra a tese do marco temporal e destacou sua posição a favor do direito dos povos indígenas a seu território e cultura. Em sua defesa, Lula lembrou a inclusão de indígenas em seu governo, como a escolha de Joenia Wapichana para a presidência da Funai e a criação do Ministério dos Povos Indígenas, liderado por Sônia Guajajara.

Durante o evento, a cacica Jamopoty Tupinambá fez um apelo ao presidente e ao governo da Bahia pela demarcação da terra indígena do povo tupinambá e pela garantia de direitos básicos como saúde, educação e segurança. Lula, por sua vez, agradeceu ao governo da Dinamarca pela devolução do manto sagrado e exigiu do governador da Bahia um espaço para receber a peça, sinalizando sua realocação para o estado dos tupinambás.

A manifestação dos indígenas durante o evento reflete a insatisfação com a condução da pauta indigenista pelo governo federal, que resultou em desidratação de pastas relacionadas ao meio ambiente e povos indígenas. A cerimônia contou com a presença de autoridades e lideranças indígenas, destacando a importância do respeito aos direitos dos povos originários e a necessidade de atuação conjunta entre diferentes ministérios para garantir o bem-estar das comunidades indígenas.

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