A repercussão negativa dessa situação resultou em uma queda de R$ 30 bilhões no valor das ações da empresa na semana passada. A conversa entre Prates e Lula não será tranquila, uma vez que, segundo assessores do presidente, houve promessas feitas pelo presidente da Petrobras e pelo diretor financeiro Sergio Caetano durante encontros reservados com investidores em Nova York, nos Estados Unidos.
É importante ressaltar que, embora tenham sido feitas promessas de distribuição de dividendos extraordinários, algumas fontes afirmam que não houve garantias concretas nesse sentido. A situação se torna ainda mais delicada considerando o endividamento da Petrobras, que ultrapassaria o teto estabelecido de US$ 65 bilhões caso os dividendos fossem pagos integralmente.
A discussão sobre o plano de investimento da empresa para os próximos anos também é um ponto de tensão nesse cenário. A Petrobras precisou cortar US$ 7 bilhões do plano inicial de US$ 109 bilhões, devido ao limite de endividamento estabelecido. A diretoria executiva da empresa teria proposto o pagamento dos dividendos extraordinários ignorando as avaliações da área de risco da Petrobras.
Em meio a essas discussões, a proposta de criar uma “conta” para abastecer parte dos dividendos extraordinários e adiar seu pagamento é considerada uma saída viável. Essa estratégia atenderia às expectativas do mercado e do governo, evitando que a Petrobras fique entre as maiores pagadoras de dividendos, mas mantendo a empresa em linha com as práticas de mercado.
Em resumo, o encontro entre Lula e Prates é aguardado com expectativa pelo mercado e por investidores, que esperam esclarecimentos sobre a situação da Petrobras e as decisões que serão tomadas em relação aos dividendos extraordinários. É um momento crucial para a empresa e para o setor de petróleo e gás como um todo.
Por Diego Felix.
