Lembrando que sem a democracia, o que nos torna seres humanos desaparece, Lula reconheceu que países como Chile, Argentina e Uruguai voltaram a respirar após o sufoco do autoritarismo. O presidente brasileiro designou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, para representá-lo nos eventos em Santiago que rememoram a data.
Diversos outros líderes e mandatários também manifestaram seu apoio ao Chile. O presidente argentino, Alberto Fernández, relembrou o dia do golpe em seu país e descreveu Allende como um exemplo de democracia que estava produzindo uma revolução. Fernández ainda mencionou o decreto assinado pela Argentina que retirou as honrarias do ditador Pinochet.
Já o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, participou das comemorações chilenas e declarou seu carinho e respeito por Allende, considerando-o um apóstolo da democracia. Obrador aproveitou a ocasião para recordar que o México abriu suas portas para os perseguidos pelas ditaduras na América do Sul.
O presidente boliviano, Luis Arce, também esteve presente nas comemorações, reafirmando que o povo boliviano está comprometido com a democracia e sempre lamentará qualquer forma de golpe de Estado. Gustavo Petro, líder da Colômbia, também marcou presença e destacou que o golpe contra Allende determinou uma história de guerras e ditaduras na América Latina.
As manifestações dos líderes latino-americanos ressaltam a importância de celebrar a democracia e repudiar qualquer tentativa de golpe. O exemplo deixado por Allende é um lembrete de que lutar por um país mais justo e desenvolvido é um objetivo válido, mesmo que enfrente resistência e oposição. A memória dos eventos que ocorreram há 50 anos é uma maneira de manter viva a luta pela democracia e pelos direitos humanos.