Além disso, os especialistas também preveem que uma seca ainda mais intensa está por vir no próximo ano. De acordo com entrevistas realizadas pela Reuters com nove pesquisadores, a seca que teve início em abril deve enfraquecer a estação chuvosa em curso e prolongar-se até o final de 2024, impactando diretamente a região amazônica.
Cinco desses pesquisadores acreditam que a recuperação da Amazônia só será possível a partir de 2026, caso duas estações chuvosas saudáveis ocorram para restaurar a umidade do solo da floresta. “Esse é o prelúdio”, alertou Michael Coe, diretor do programa de trópicos do Woodwell Climate Research Center, com sede nos Estados Unidos. Segundo ele, a situação atual é apenas o começo do que pode estar por vir.
É importante ressaltar que os efeitos da seca podem se prolongar ainda mais se o fenômeno El Niño persistir, de acordo com os pesquisadores. Portanto, a preocupação com a situação da Amazônia e a busca por medidas efetivas de preservação e combate ao desmatamento se tornam ainda mais urgentes diante das previsões alarmantes apresentadas.
Os alertas feitos durante a cúpula climática da ONU ressaltam a importância de se adotar ações imediatas para frear o avanço do desmatamento na região amazônica, além de investir em políticas de preservação ambiental e sustentabilidade. Caso contrário, as consequências podem ser irreversíveis e irreparáveis para um dos biomas mais importantos do planeta.