Presidente Lula alerta para possível ponto de não retorno da Amazônia, enquanto especialistas preveem seca intensa até 2026.

Na última sexta-feira, durante a cúpula climática COP28 da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um alerta preocupante sobre a situação da Amazônia. Segundo ele, mesmo que não haja mais desmatamento, a floresta pode atingir um ponto de não retorno.

Além disso, os especialistas também preveem que uma seca ainda mais intensa está por vir no próximo ano. De acordo com entrevistas realizadas pela Reuters com nove pesquisadores, a seca que teve início em abril deve enfraquecer a estação chuvosa em curso e prolongar-se até o final de 2024, impactando diretamente a região amazônica.

Cinco desses pesquisadores acreditam que a recuperação da Amazônia só será possível a partir de 2026, caso duas estações chuvosas saudáveis ocorram para restaurar a umidade do solo da floresta. “Esse é o prelúdio”, alertou Michael Coe, diretor do programa de trópicos do Woodwell Climate Research Center, com sede nos Estados Unidos. Segundo ele, a situação atual é apenas o começo do que pode estar por vir.

É importante ressaltar que os efeitos da seca podem se prolongar ainda mais se o fenômeno El Niño persistir, de acordo com os pesquisadores. Portanto, a preocupação com a situação da Amazônia e a busca por medidas efetivas de preservação e combate ao desmatamento se tornam ainda mais urgentes diante das previsões alarmantes apresentadas.

Os alertas feitos durante a cúpula climática da ONU ressaltam a importância de se adotar ações imediatas para frear o avanço do desmatamento na região amazônica, além de investir em políticas de preservação ambiental e sustentabilidade. Caso contrário, as consequências podem ser irreversíveis e irreparáveis para um dos biomas mais importantos do planeta.

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