Dentre as principais derrotas de Lula, estão os vetos relacionados ao marco temporal das terras indígenas e à desoneração da folha de pagamento até 2027. De acordo com parlamentares ouvidos sob anonimato, algumas dessas derrotas podem ser atribuídas a erros de análise por parte do Palácio do Planalto.
A articulação política no Congresso tem sido conduzida pelo ministro Alexandre Padilha e pelo líder do Governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues. Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os líderes do governo no Senado e na Câmara também entram nas conversas para tentar reverter as derrotas e manter a base de apoio.
Especialistas divergem sobre a diversidade da base de apoio de Lula, apontando que essa heterogeneidade pode complicar a articulação política do governo. Alguns defendem que a formação de uma coalizão mais homogênea poderia diminuir as pressões do Legislativo. No entanto, há quem acredite que o conflito entre o Congresso e o Executivo faz parte do jogo político.
Nas últimas semanas, Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira, deram sinais de aproximação em busca de distensão. No entanto, o ano que se inicia ainda reserva impasses como o veto de Lula à liberação de verba para emendas de comissão e ao calendário de pagamento de emendas para o Congresso. Com isso, a relação entre o governo e o Congresso continua sendo um desafio a ser enfrentado pelo governo Lula ao longo do ano.
