Repórter São Paulo – SP – Brasil

Presidente dos EUA, Joe Biden, ameaça Netanyahu com “conversa decisiva” sobre ajuda humanitária a Gaza, em gravação vazada.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, causou polêmica ao afirmar, em uma conversa informal após o discurso do Estado da União, que ele e o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu estavam caminhando para uma reunião de “acerto de contas” sobre a questão da ajuda humanitária a Gaza. O momento foi gravado em vídeo e divulgado nas redes sociais.

Essa declaração reflete a frustração de Biden com Netanyahu em relação à situação em Gaza, o que vem gerando críticas à posição do presidente dos Estados Unidos no conflito no Oriente Médio. Essa avaliação negativa pode ser prejudicial para sua campanha eleitoral, principalmente entre eleitores jovens e de origem árabe.

Para amenizar as críticas, Biden anunciou durante o discurso ao Congresso os planos do governo para a construção de um porto flutuante na Faixa de Gaza, visando a entrega de ajuda humanitária à população palestina que vem sofrendo com os bombardeios intensos de Israel. A intenção é auxiliar os mais de 2 milhões de palestinos que vivem na região, onde cerca de 500 mil pessoas passam fome e enfrentam escassez de comida e suprimentos.

O projeto do porto está sendo liderado por engenheiros militares americanos e contará com a participação de mil soldados dos Estados Unidos, mas não há estimativa de custo. Biden também ressaltou a importância de Israel permitir a entrada de mais ajuda em Gaza e reforçou a necessidade de uma solução de dois Estados para a região.

Durante seu discurso, manifestantes favoráveis a um cessar-fogo em Gaza se manifestaram, e Biden foi questionado pelos repórteres sobre a conversa gravada pelas câmeras. O presidente negou ter feito o comentário, mas afirmou, de forma irônica, que estava sendo espionado. Essa situação delicada entre Biden, Netanyahu e a questão de Gaza continua gerando controvérsias e pressões sobre a atuação do governo dos Estados Unidos no conflito do Oriente Médio.

Sair da versão mobile