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Presidente do STF defende independência da instituição diante de pressões políticas e avanços contra seus poderes pelo Congresso

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, fez um pronunciamento nesta quinta-feira (10) durante a sessão plenária, onde destacou a importância de não interferir em instituições que estão cumprindo bem sua missão por motivos políticos ou eleitorais. Essa declaração vem em meio a um momento delicado, um dia após a Câmara dos Deputados avançar em um pacote de medidas que restringem os poderes e ampliam as possibilidades de impeachment de membros da Suprema Corte.

Barroso ressaltou que o STF, como qualquer instituição humana, não é isento de erros e está sujeito a críticas e ações de aprimoramento. Ele defendeu a importância do Estado de direito e dos direitos fundamentais, destacando o papel do Tribunal na defesa da democracia, do pluralismo e da independência e harmonia entre os Poderes. O ministro ressaltou a necessidade de respeitar os valores permanentes, mantendo-se firme na defesa desses princípios.

Por sua vez, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou projetos de lei e Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que visam limitar o poder dos magistrados do STF, permitindo ao Congresso revogar decisões da corte e ampliando as possibilidades de impeachment dos ministros. Essas propostas geraram um mal-estar no Congresso, com críticas à interferência do STF em questões que seriam de competência exclusiva do Legislativo.

Parlamentares bolsonaristas estão liderando a ação para restringir as decisões monocráticas dos ministros, alegando que essas decisões violam a Constituição ao limitar o acesso dos cidadãos à Justiça. O impeachment de ministros do STF tornou-se uma bandeira importante para o bolsonarismo, que vê na atuação da Suprema Corte uma constante interferência em suas atribuições.

Diante desse cenário de conflito entre o Legislativo e o Judiciário, fica evidente a necessidade de um diálogo e respeito mútuo entre as instituições para preservar a democracia e o Estado de direito no país. É fundamental encontrar um equilíbrio que garanta a independência e atuação eficaz de cada poder, sem que isso comprometa os princípios fundamentais da nação.

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